Rapé Kuntanawa – Sananga

Rapé Kuntanawa – Sananga

Das mãos dos Kuntanawa, um novo Rapé

Na cultura nativa Amazonense, uma das ferramentas espirituais mais poderosas e recbonhecidas se apresenta na forma de um pó ritualístico bem fino, conhecido como Rapé. Essas misturas em pó unem as forças da flora da flolresta tropical e o conhecimento medicinal de Xamãs e Pajés, oferecendo uma fonte natural de melhora física e elevação espiritual.

O time da Medicina Sagrada tem trabalhado em conjunto com parceiros Kuntanawa para criar rapés ritualísticos e medicinais, únicos e exclusivos, para todos os nossos clientes. E hoje sentimos orgulho em apresentar nossa mais nova criação: o Rapé Kuntanawa Sananga!

Feito com Tabaco Sabiá, uma variação potente da Nicotiana rustica, e cinzas de raízes queimadas de Tabernaemontana sananho, o mesmo arbusto que do qual se origina a poderosa mistura conhecida como Sananga, um colírio natural que é tradicionalmente usado para tratar problemas oculares como glaucoma, olhos ressecados, cataratas, além de dores de cabeça e ainda na tranquilização espiritual e como uma forma de aumentar energia vital.

Os Poderes desse Rapé

Tabernaemontana sananho

Popularmente conhecida como Sananga ou “Colírio da Floresta”, esse arbusto originário da Amazônia tem feito parte de costumes indígenas por séculos, e agora tem se tornado presente até mesmo em rituais urbanos de praticantes de medicina natural. A raíz da Sananga é altamente requisitada, já que é dessa parte da planta de onde se extrai a substância que é usada para criar produtos medicinais, onde propriedades afrodisíacas e estimulantes se encontram, de acordo com princípios da Pajelança.

O espírito da Sananga é capaz de “avaliar” os padrões energéticos de uma pessoa que possam estar desbalanceados ou rompidos por doenças espirituais ou psico-somáticas, também conhecidas como “panemas”. Esse espírito trabalha para retornar essa energia a um estado de equilíbrio e harmonia com a Natureza, expandindo o alcance do terceiro olho e promovendo melhorias oculares físicas também, como uma percepção de cores mais aguçada e maior nitidez de visões.

É costume de caçadores Amazoneneses fazer uso de medicinas que contenham Tabernaemontana sananho antes de embarcarem em suas jornadas para aguçar ainda mais seus sentidos e sua percepção do mundo ao seu redor. Retratos de praticantes que tiveram contato com essa planta explicam que a Sananga pode ajudar até mesmo a sentir e entender melhor as intenções de outras pessoas, abrindo também seus corações e mentes para receber as bênçãos do Destino.

Sabiá Tobacco

Esta variação da popular Nicotiana rustica é geralmente encontrada no formato de cordas para o uso na produção de medicinas indígenas, processo este que não ocorre naturalmente, mas é o resultado final de um processo que envolve a colheita, a secagem e a fermentação das folhas dessa planta, antes que cilindros de corda de tabaco sejam feitos à mão.

Por isso, é um ingrediente também chamado de tabaco corda ou tabaco em corda. Esses tipos de rapé, que levam essa variação de tabaco, são considerados particularmente potentes, e são comumente usados em cerimônias tradicionais de cura e rituais sagrados, uma vez que a cultura xamãnica explica que essa planta pode oferecer grande poder de cura tanto espiritual quanto física.

Os Kuntanawa

Os Kuntanawa são o Povo do Coco, uma família extensa conhecida pelo Alto Juruá como “os Caboclos de Milton” para honrar seu patriarca, Milton Gomes da Conceição, e sua liderança ao lado de sua esposa, Dona Mariana. Eles são responsáveis pela criação e manutenção da Reserva Extrativista do Alto Juruá, a primeira reversa brasileira de descendentes de povos indígenas escravizados forçados a se tornarem extratores de borracha. Dentre seus objetivos, podemos pontuar a criação de projetos de sustentabilidade que visam ajudar as comunidades, preservar suas terras e protejer seus costumes e identidade tradicionais, incluind os rituals que envolvem o consumo de Ayahuasca.

Em 2008, os Kuntanawa foram reconhecidos pela Edição Xicão Xukuru do Prêmio Culturas Indígenas por conta de seu projeto de “Revitalização e Resgate da Cultura do Povo Kontanawa”, cujo início era previsto para o ano de 2009. Neste mesmo ano, com a ajuda do Governo do Estado do Acre e a Lei Estadual de Incentivo à Cultura, também foram capazes de lançar músicas compostas por jovens Kuntanawa, liderados pelo neto de Seu Milton, Haru, que também planejava gravar um documentário sobre seu povo.